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INTOLERÂNCIA
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Um dos maiores males que o ser humano pode praticar com o outro é a intolerância. Este tipo de flagelo é abominável, já que não permite ao outro a expressividade dos seus gostos e vontades, tolhendo por muitas vezes a sua espontaneidade.

Obviamente ninguém é obrigado a tolerar o que não gosta e o que não lhe faz bem, porém sempre há uma maneira civilizada de resolver a pendenga, e não é com agressividade que se pode chegar a um denominador comum.

A intolerância gera no mínimo desconforto, intranquilidade, mal estar e desentendimento. Nem sempre é possível fugir do alvo destruidor, e assim, a sociedade familiar é a mais prejudicada, pois o convívio é fator determinante para a recidiva.

Respeito pode ser a chave mestra para se alcançar algum equilíbrio, mas ele sozinho corre o risco de ser suplantado por uma série de males que o Ser carrega consigo. Camuflar e potencializar sentimentos nada bons devem ser abolidos do nosso cotidiano, pois são venenos letais para quem pratica e para quem recebe seu amargor.

Ao mesmo tempo, a tolerância deve ter limites impostos por cada um de nós, sendo que o revide, seja em qual proporção for, não deixará os dois lados impunes – e isso pode ser constatado em qualquer relação humana.

Então, nesses momentos tensos e nada agradáveis, temos que nos lembrar que em primeiro lugar devemos pensar em nós.

Assim, o silêncio e a distância são antídotos eficazes perante esse mal que cada vez mais avoluma-se tomando conta dos indivíduos perniciosos.

Nicete Campos

(20.08.2017)






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