Mais um ano se passa, fechando com ele, as festas tradicionais de Natal e Ano Novo. Misto de alegria e tristeza permeiam lares, asilos, orfanatos e hospitais. Talvez até os caminhantes sem rumo sintam algo parecido, mas a grande maioria sentirá essas sensações que, apesar de serem contraditórias, são sentimentos relevantes e cravados no Ser desde sempre.
Há também os que passam por este período sem emoção alguma; nem boa, e nem má. Seguem seus dias iguais, sem ilusões de esperança, sem alegria ou tristeza, sem nada de diferente, nada a dizer, a comentar, a esperar...
Tudo e nada faz parte de uma engrenagem velha e enferrujada que só continua a funcionar graças à tinhosidade do Ser em se manter. Manter-se vivo, ter felicidade, ter fé aonde outro tipo de consolo falha, saúde para carregar a cruz, esperança bendita que só se vai quando toda a fila andou.
A vida da gente é muito comum. A conta matemática mais simples a define com poucas divisões que alternam porcentagens, sem mudar muito os números e o produto final.
De qualquer modo, finais de ano são festivos por algumas razões: capital de giro ou engorda para indústrias e empresas, confraternização entre familiares, amigos e desafetos que há muito não se veem ou encontram-se sempre para “colocar as fofocas em dia”, e, principalmente para aliviar o cérebro do cotidiano saturado. Tudo o mais é alegoria e coisas miúdas.
Seja do jeito que for, sigo aqui as normas de educação e boa conduta, para desejar à todos os meus leitores um final de ano da maneira que melhor lhes convier, esperando (também tenho a bendita), que todos possam ter saúde e paz para conviverem harmoniosamente e sem muito estresse num país de desigualdades sociais.
Nicete Campos
24/12/2012