O título sugere até um tipo de anúncio apelativo de propaganda sexual, mas, longe disso, ele tenta chamar a atenção para a discriminação contra os brancos de pele (somos todos miscigenados). Também a opção sexual de cada indivíduo não seria aqui citada, se politiqueiros não usassem de prerrogativas tão rasteiras para angariar muitos votos dos eleitores de opções sexuais variadas.
A ÉTICA no título exclui a sugestão apelativa do texto, apenas para os mais “avisados”, pois esta é marca conhecida das pessoas que sabem que valores reais não devem ser invertidos.
A força da propaganda enganosa, do marketing dirigido e corrosivo faz facilmente a lavagem dos cérebros “fracos”, e, se ainda o fanatismo estiver presente, nada há o que se possa fazer.
Essa coisa de preconceito é artimanha injusta usada por pessoas que só pensam em tirar vantagens de qualquer situação, seja ela jocosa ou não.
Todos os seres deveriam ter direitos e deveres iguais, mas a esperteza de muitos é avassaladora quando usada para angariar benefícios escusos, não se importando em que esfera for (pessoal, grupal, nacional, internacional).
A Lei de no. 12.288 (Estatuto da Igualdade Racial) institucionaliza por si só a discriminação, pois confunde com seus incisos demagogos e tendenciosos, o pérfido jeitinho brasileiro de se fazer uma lei onde agrade os que se sentem excluídos. Ela concede distinções a uma parte da sociedade em detrimento de outras, porém ela aparece travestida de boas intenções (e o inferno está cheio delas), e instiga desavenças por causa da cor, sendo que o correto seria formular leis que não deixassem lacunas para reinvidicações indevidas.
Como marionetes, a maioria se deixa levar pelos espertalhões que sabem exatamente onde está a ferida de cada um. A história da humanidade contada nas escolas é tendenciosa e fantasiosa. As igrejas/templos dão continuidade a uma farsa vergonhosa, o povo inculto e fanático segue tendências modais ditadas por uma sociedade capital, e exacerbada pelos meios de comunicação de massa.
Ser branco e heterossexual passa a ser uma aberração. E o que dizer das pessoas éticas? (e aqui não importa cor, credo, opção sexual etc), que são alvos de deboches, pois são confundidas como tolas?
Outra coisa incoerente são as cotas raciais. Cadê a igualdade? Que vença o melhor, e se algo deve ser mudado, não é na hora de se empregar ou colocar na universidade o negro, o índio, o pobre, e sim, dar condições iguais à todos desde o seu nascimento.
Quando as coisas são invertidas, sempre é de se questionar, pois neste país, “ponto sem nó” e “nó em pingo de água” é o que mais sabem fazer.
A ironia dessa pendenga, é que ela consiste em colocar uns contra os outros. Agora é a vez dos brancos de pele se sentirem excluídos. E não vale apelar para histórias passadas mal contadas, pois sabe-se que escravos negros e covardes, também vendiam seus irmãos, apontavam onde se escondiam, e tudo em nome de suas próprias liberdades e benefícios.
Dificilmente haverá igualdade, pois desde sempre o homem gosta de digladiar-se, e seja com o que for.
E viva a ignorância e o fanatismo! Sem eles, o mundo seria pacato em demasia para o SER que não pensa.
Nicete Campos
27/9/2011