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Direitos Desumanos
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Discursos humanistas feitos para e por uma sociedade hipócrita, com ações que acabam por favorecer criminosos, desocupados, espertalhões, bandidos de todos os calibres (de colarinhos, ou não), contribuem enormemente para corromper os poucos cidadãos honestos e trabalhadores, mas mal estruturados psico e biologicamente.

Se, a moral do indivíduo tem a sua formação embasada no lar em que ele se desenvolve, a ética deve andar de mãos dadas com ela, do contrário, fácil fica corromper este mesmo indivíduo.

Onde estão os direitos humanos dos honestos que são vitimados por bandidos? E quando se mata um inocente, qual família é defendida, apoiada e acolhida pelos “defensores dos direitos humanos”?

A moda, para quem ainda não percebeu, é tirar proveito de bizarrices em proveito próprio, e aqui entra a “lavagem cerebral” imposta por governantes inescrupulosos, que manipulam toda uma sociedade usando uma das armas mais potentes que é a mídia de massa. Essa mídia capitalista, imoral e aética cresce em ritmo vertiginoso, pois acompanha em gênero, número e grau, todas as modalidades da corrupção.

Instituições religiosas, acadêmicas, filantrópicas, politiqueiras, educacionais, culturais, ambientais, e tudo o mais existente em forma de grupos nesta terra, estão contaminados com o que há de pior, então, pela lógica, uma boa maneira de “se dar bem” é se corrompendo.

O niilismo toma conta de todos, mas a maioria não sabe o que fazer. Uns poucos apostam numa sociedade alternativa, onde a ingenuidade predomina, pois como sobreviver nela, se a mesma está inserida nesta sociedade maior que é a capitalista? Naturalmente, em pouquíssimo tempo esta saída dá de encontro com portas cerradas, e para abri-las, só mesmo com jeitinhos “maneiros”, iguais aos encontrados pela sociedade predominante.

Enquanto isso, o homem se vê obrigado a fazer parte do esquema, ou estar fora dele levando uma enxurrada de dissabores, calando o grito engasgado na garganta.

Direitos desumanos, onde a etnia, a deficiência física, a religião, os criminosos e a pobreza são usados pelos malandros para acobertarem suas sedes de dinheiro e de poder. Assim, vão corrompendo os incautos e a massa fica gigantesca.

Mas o pior de tudo mesmo é notar o silêncio dos “bons”. Esses devem acreditar que por fazerem parte da minoria não vale a pena lutar pelos seus direitos que foram cerceados. Transformam seus lares em prisões, trabalham até a exaustão para pagarem em dia os impostos (maioria retidos na fonte), privam-se do lazer, da boa alimentação, investem em educação e cultura para os filhos (amanhã serão eles a bancar a podre sociedade), se intoxicam de remédios antidepressivos para não enxergarem o óbvio ululante: ele paga a conta de todos.

Infelizmente não param para pensar. Acreditam até que sejam privilegiados. Alguns ainda se extasiam por pertencerem à classe “pensante” desse país. Vez em quando um diabo disfarçado de anjo lhes vem massagear o ego, e assim o que é engodo, lhes parece reconhecimento pelo que produzem de bom (a classe universitária se enquadra bem).

Defesa dos direitos humanos para os que não prestam virou moda, sendo que deveriam prevalecer direitos iguais para todos. Cada um com seu quinhão, de acordo com o que produziu. E os governantes deveriam usar o dinheiro advindo desse amontoado de impostos para fazer justiça social para àqueles que comprovadamente necessitam de ajuda. Mas isso é continuação da mesma história, utópica, diga-se de passagem.

Piedade das pequenas classes que se deixam usar como tapetes?

Como diz um amigo meu...”quem corre por gosto, não se cansa”.

Nicete Campos
22/2/2011


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