Há mais de 35 anos o pesquisador Harri Lorenzi vem dando sua contribuição de maneira ímpar. Quando o assunto é a flora, e, especificamente as árvores brasileiras, leigos e profissionais das áreas correlatas sabem onde buscar informações completas sobre cada uma delas.

Ele as vai compilando através de livros que extasiam até olhares mais dispersos, ou menos preocupados com o que há de mais belo na terra. Se nos detivéssemos, mesmo que esporadicamente a observar cada porção vegetativa que encontramos por onde costumamos andar, notaríamos as formas, as belezas, as flores e os frutos de uma árvore. Também, se do sol escaldante quiséssemos nos proteger, com certeza em sua sombra teríamos o refrigério de suas folhas a nos refrescar e acariciar.

As árvores são a concepção da bondade infinita. Alimentam e protegem animais e microrganismos. Embelezam a natureza e nos ajudam a amenizar o “stress” do dia a dia, apenas encostando-nos nelas. Não saem dos seus lugares para fazerem mal à ninguém, não praticam desavenças com palavras, não importunam, e ainda auxiliam e curam diversas doenças.

São eretas, tortas, poli e/ou bifurcadas, pequenas, médias, grandes, frágeis, fortes, de cores esverdeadas, amarronzadas, avermelhadas, amareladas...

Cedem seus galhos para folguedos dos que adoram se balançar e seu tronco para nelas quem quiser subir. Retiram diversas impurezas do ar, lançadas pela mão do homem, ou pela própria natureza. Sem elas, não haveria vida, e sub-bosques auxiliam-nas nessa “missão” de ajudar a vida a continuar.

Cada elemento contido na natureza tem a sua importância, e não se pode viver bem se algo entra em desequilíbrio, porém as árvores são multifuncionais, assim como a terra que lhe sustenta e a água que mata a sede dando vida.

Elas são também boas divisoras das estações do ano, dependendo de suas espécies. Generalizando pode-se dizer que na primavera nos deixam estupefatos com suas flores de tamanhos variados, suas cores e seus odores. No verão seus frutos também diversos em cores, tamanhos, sabores, odores podem ser vistos em seus vários estágios de maturação. No outono algumas se despem totalmente de suas folhas, outras adquirem tons que vão do marrom, amarelo, laranja, vermelho, roxo. No inverno, agem como hibernadas começando a querer despertar.

Seja a estação que for, são sempre lindas e fundamentais para nossas vidas.

Habitam onde as deixam viver: cerrado, mata atlântica, cerrado misto, quintais, fazendas, sítios, chácaras, beira de asfalto, de terra batida, e até dentro de casa se as transformam em bonsais.

Se só fazem o bem, difícil fica entender porque tanta gente ainda as corta, e aqui não me refiro àquelas que se servem ao capital humano, mas aos que abusam do olho maior do que a barriga. Também me refiro aos que não gostam delas porque “fazem sujeira” (como se suas folhas que caem no chão não servissem de adubo), ou ainda pior, quando reclamam por terem que varrer, ou ainda mais drástico, quando a moto serra as coloca no chão, ou ainda, quando colocam veneno para que morram. Isso sem falar em podas radicais e/ou desnecessárias e mal feitas.

Infelizmente o homem ainda não dá atenção devida às árvores, seja por ignorância, ausência de escrúpulo, amor e entendimento. O quadro desolador poderia se reverter se o ser humano quisesse aprender e melhorar seu nível de consciência.

Quero aproveitar este texto para homenagear este homem, Harri Lorenzi que, através de suas incessantes pesquisas, coloca no mercado seus livros que são maravilhosos companheiros auxiliadores no reconhecimento das diversas espécies existentes no nosso Brasil. Seus livros luxuosos, com fotografias coloridas e explicações técnicas e populares, nos levam para um mundo de aprendizado e sabedoria. Muitas das árvores são espécies raras e ainda pouco conhecidas, que ele vai, num trabalho árduo por conta de procurá-las e classificá-las levando em consideração a época de cada uma em suas floradas, sementes, frutos, animais e aves que são atraídos por elas, época de plantio, cuidados, sinonímias, tipo de madeira, ocorrência, características morfológicas, informações ecológicas, fenologia, obtenção de sementes, produção de mudas, nomes populares e tantas outras informações relevantes, compilando.

Tenho seus dois primeiros livros, e estou sempre a consultá-los, inclusive para a confecção de textos sobre árvores nativas. O terceiro já está nas livrarias, e conta também com versão em inglês (Brazilian Trees). Há uma super oferta de lançamento que vale a pena aproveitar, pois no Instituto Plantarum além desses livros sairem mais em conta, o desconto para este terceiro é por volta de 30% (até 15 de dezembro) (Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil).

Vale conferir a dica nos endereços:
Site: www.plantarum.com.br
E-mail: plantarum@plantarum.com.br
Endereço: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda.
Avenida Brasil, 2000
Caixa Postal, 82
CEP: 13460-000 Nova Odessa - SP
Fone: (19) 3466.5587 - Fax: (19) 3466.6160

Parabenizo e agradeço trabalho tão nobre e edificante do professor Harri Lorenzi.

Nicete Campos
2/12/2009