Em geral a pessoa alienada tem surtos de fanatismo. O alienado fatalmente irá se apegar, quando acreditar conveniente, em alguma seita religiosa e/ou cultural, para poder idolatrar algo ou alguém. Nesse momento a alienação e o fanatismo se fundem, e leva o ser a ocupar espaço precioso.
Analogamente falando, pode-se pensar em uma estrada bem acidentada, onde diversos incidentes ocorrem. Caminhe-se sobre rochas enormes e escorregadias, com pedrinhas a rolarem sob os pés. Difícil equilibrar-se! Cada pedrinha representa o indivíduo que atravanca todo e qualquer conhecimento, seja ele empírico e/ou técnico, culminando em morosidade na educação, com graves conseqüências ao desenvolvimento do todo.
A pessoa “alienfa” (alienada fanática) parece aumentar na mesma proporção em que se nota a crescente pobreza de valores éticos. A impotência diante da falta de eticismo leva ao coletivo degradado. A impressão que se tem, é a de que nada poderá deter o avanço desta “síndrome” malfazeja.
A busca pelo prazer imediato e egóico origina-se nos valores educacionais básicos em desuso, onde a defasagem desses valores leva o indivíduo a uma compreensão caótica do coletivo e de si próprio, já que não evolui e nem se adapta a novos costumes.
A base de uma sociedade depende da formação familiar. Seu preceito ético determina e encaminha as diversas áreas sociais em que o ser é inserido.
Na atualidade, o que se vê e o que se sente, é a iminência do caos coletivo, graças aos indivíduos gerados numa sociedade sem educação e sem cultura. No poço da ignorância alienação e fanatismo criam seres estranhos e inventivos. A moralidade toma outra forma, e não condiz com as leis naturais. O choque entre gerações acontece, e a minoria massacrada.
A máxima “rei morto, rei posto” se dá numa dicotomia transversal, onde o ganhador também perde.
Perde tudo! Sobra nada!
E do nada, como recomeçar?
Há começos e recomeços. Gangorras sobem e descem. A areia da ampulheta do tempo escorre rapidamente. Resta saber se também a máxima “há males que vêm para o bem” faz sentido.
Mas, uma coisa é certa, estamos todos dentro de um mesmo sistema, e sua óbvia saturação acontecerá. Dependerá do forçoso desempenho de cada um, fazer valer o que dele emergirá.
Nicete Campos
10/4/2007