Pai nosso que estais em todos os lugares. Santificado seja o Vosso nome. Olhai por nós e expurgue os predadores da natureza. Não deixeis que os semi-deuses interfiram de maneira tão vil na mãe natureza. Amém.
Diante das ignomínias da vida impostas pelos demiurgos de plantão, seja por insensatez, ignorância, prepotência, arrogância ou por todos os adjetivos mais infames possíveis, não resta ao povo, algemado que está pela falta de educação e cultura, outra coisa senão orar à Deus, implorar à Ele que interfira de maneira definitiva nesse processo de destruição acelerado da natureza.
A todo instante nos deparamos com notícias que nos remetem à algumas reflexões. A impotência paralisa atos, exatamente porque nos falta a coragem, a perseverança, o discernimento. O egoísmo tomou conta do ser humano. O “cada um para si e Deus por todos” não tem dado certo, não chegamos a resultados positivos. Já foi comprovado que somente “a união faz a força”, seja para destruir ou para construir.
Os que estão destruindo, formaram uma corrente de idéias e ideais, onde a convergência, exatamente por causa da forte união, chegou no que o egoísmo gosta de chegar, ou seja, na doidivanice da destruição do próprio ser.
Chego a pensar que essa destruição toda tem um único culpado: o quoeficiente de inteligência (QI), baixo demais, inexistente mesmo em muitos que detêm o poder.
Como um dos últimos exemplos, quero citar o que anda acontecendo na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde a insanidade chega ao ponto dos políticos e uma pequena parte da sociedade ribeirãopretana, terem apenas uma alternativa para sanar os problemas das enchentes do rio ribeirão preto localizado na avenida Jerônimo Gonçalves, qual seja: a retirada das cerca de 60 árvores (palmeiras imperiais de mais de 80 anos), para alargamento da avenida e assim prevenir as enchentes.
Sou novamente obrigada a dizer que se não fosse muito triste, seria cômica essa única alternativa. Afundar o leito do rio não se consegue porque o que tem embaixo dele é pura rocha? E algumas perfurações não poderiam ser feitas? Aliás, perfurações de poços artesianos são feitos de que maneira? Que tal usarem esse equipamento (que por sinal faz um grande estrago na natureza), para perfurarem alguns pontos da rocha existente no sub-solo desse rio? Funcionariam como pequenas piscinas captando a água em excesso. Obviamente, na seca, a água excedente evaporaria com facilidade, isto é, levando em consideração que essas piscinas não sejam profundas. De repente, essa idéia não possa ser aproveitada por envolver outros aspectos conjeturais, mas ao menos, é mais uma idéia. Outra idéia é a de solicitar à sociedade civil, que participe enviando sugestões. Aposto que irão surgir várias e simples idéias, porém eficientes. Afinal, as grandes e brilhantes soluções aparecem de onde menos se espera, mesmo porque pessoas bem intencionadas e preocupadas com os rumos que tomam nosso país, com certeza não têm tempo para fazerem politicagem, e muito menos se propõem ao deslumbramento que a escravidão da luxúria e do poder cega.
Nicete Campos
13/2/2004