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A complicada tarefa do povo
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Tentar separar o joio do trigo não é tarefa simples para o povo, principalmente quando se trata de escolher as pessoas que irão comandar seu destino, sabendo de antemão que essas mesmas pessoas além de não o conhecer, estão ainda preocupadas apenas com seus próprios egos. A situação de abandono em que se encontram as classes sociais, foi produzida por cada setor comandado por essa gente falante e traiçoeira. Os séqüitos que vivem ajoelhados em volta do rei são ainda mais tenebrosos, pois, zoneiam seus postos, enquanto o todo poderoso se distrai com seu espelho.

Os candidatos a demiurgos fazem suas apresentações recheadas de marketing burlesco, apostando e ganhando sempre, pois contam com a total ausência fundamental daquela que poderia salvar o povo que é a educação. Tanto é que a cada rei morto, outro é posto, e as suas características são idênticas, pois não é que o poder corrompe igualmente estes matracas de casaca? Em sociedade capitalista o que conta é o montante do vil metal que cada um consegue deter. Onde está o dinheiro que ninguém viu? Os impostos embutidos e os descontados em folhas de pagamento são arrancados à revelia, ou alguém pode decidir pela não contribuição?

Cada partido político se recheia de velhas estratégias com o mesmo intuito de sempre: conseguir eleger o seu rei e o maior número de “entourage” possível. Lógico! Assim os conchavos se fortalecem, e, com a desculpa de que só assim é possível governar para o povo, governam cada vez mais para si.

Acorda povo! Já não é notório que o brasileiro é dono do jeitinho mais matreiro? Afinal, não foram os colarinhos brancos que o ensinou a dar nó em pingo d’água? Não espere pela educação, pois ela se distancia a cada dia que passa. Os marqueteiros de plantão fingem tapar o sol com a peneira, e você, vai fingir que a sombra está boa?

Está entrando em campo o jogo pelo poder. Vai encarar uma aposta?



Nicete Campos
24/9/2003


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